terça-feira, 14 de abril de 2009

Direito ou Dever?

Como prometido, aqui estou para um novo post.
Pensando e repensando, lendo e meditando no que escrever, minha inspiração veio de onde menos esperava.
Bom mas para evitar que me perca no que pretendo escrever, até porque creio ser um assunto dos mais polêmicos até aqui escrito, vamos logo ao mesmo.
Eutanásia
Para quem nunca tenha ouvido a palavra, ou por mais que tenha, nunca nem quis saber seu significado, o aqui escritor, resolveu poupar seu trabalho de procurar no dicionário.
eutanásia
[Var. pros. de eutanasia.]
Substantivo feminino.
1.Morte serena, sem sofrimento.
2.Prática, sem amparo legal, pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável. [Antôn.: distanásia, distanasia.] [Embora o étimo gr. postule eutanasia, o uso consagrou eutanásia no português do Brasil.]
Isso mesmo, já tinha avisado antes que o assunto seria polêmico, senão o mais já tratado aqui antes.
Então, assistindo a um seriado que passa na FOX, intitulado BOSTON LEGAL, onde retrataria um escritório de advogados bem no estilo norte – americano, eles abordaram um assunto que me interessou bastante, e que por mais inédito que pareça ser, me fez pensar.
Desde os primórdios da humanidade as pessoas sofrem para nascer, sofrem para sobreviver, e também, sofrem para morrer.
Mas o ponto que me chamou atenção e me pós a pensar foi a proibição da Eutanásia.
Lógico que ninguém tem o direito de tirar a vida de nenhum ser vivente, por mais de que as pessoas tenham se esquecido disso. A cada dia os assassinatos mancham as páginas de jornal, e nem é preciso se esforçar para procurar as páginas polícias não, sendo que de tempos para cá, tem se tornado sem sombras de dúvidas a mais numerosa coluna do jornal.
Mas o que me deixou a pensar é que, será mesmo que algumas pessoas ainda se encontram no estado de vivente? Fico me imaginando se acontecesse comigo, se fosse a mim a situação de estar em cima de um leito, sem o mínimo de noção de onde estou, sem o mínimo de sentimento, sem ao menos conseguir respirar sozinho, coisa que sabemos que até sem pensar conseguimos fazer.
E o porquê desse tão nobre sentimento moralista que nossa cultura tem a respeito da “eutanásia”. Será que é mesmo devido a ser errado tirar a vida de outro ser humano? Será que é tão errado uma pessoa ter a decência de morrer em paz. Será mesmo tão errado quanto aos policiais que tem licença para matar, e quantos por muitas vezes não fazem uso dessa de forma errada.
Qual seria o interesse do estado em uma pessoa que de nada mais lhe resta do que ocupar uma vaga nos tão concorridos hospitais.
Fiquei pensando se realmente o estado seria o maior interessado e cheguei a uma conclusão que muitos ainda não possam ter visto, de nada adianta para o estado uma pessoa em vegetativa em uma maca de hospital, de nada adianta para o estado.
Mas e para as farmácias?Será que adiantaria de algo? E para os planos de saúde? E aos médicos particulares?
Vale lembrar que quando um cachorrinho, ou um animal qualquer, esteja sofrendo, nenhum veterinário lhe condena em querer sacrificar o animal, animal que às vezes é mais querido que uma pessoa possa ser.
Bom, não venho aqui dizer que sou a favor de tal prática, muito menos quero que pensem que sou um otimista sentimental a ponto de imaginar que uma pessoa em quadro irreversível volte a correr livremente nos parques e praças de uma cidadela qualquer.
Venho aqui dizer que vale a pena pensarmos no que seria o verdadeiro motivo para tais proibições.
Proibições essas que muitas das vezes trazem sofrimentos nos quais poderiam ser evitados.
Me despeço por aqui, O Astronauta Terrestre.