quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Palavras ao Vento

Sentindo o vazio da alma ao me olhar no espelho, o sentimento que habitava meu coração transformou-se em desilusão.

O desejo parece ter-se dissipado. Ou talvez tenha apenas se revelado como morte, lamento ou dor.

A falta que sinto talvez seja a de algo que nunca tive. Mas penso, paro, relembro, e experimento novamente a sensação que já não me é mais presente.

Reluto contra todos esses sentimentos que agora transbordam como torrentes e a levam para longe de mim.

E tento me consolar, pensando que é melhor nem pensar. Ou talvez esperar, na esperança de que tudo possa melhorar. Mas a desilusão não me abandona, especialmente a desilusão de não tentar.

Abraços, Turini – Astronauta Terrestre.

domingo, 22 de maio de 2011

Desabafo

Depois de alguns "milhares de anos" sem me interessar por postar algo, retorno hoje. Apesar da correria do dia a dia (notem que "dia a dia" não possui mais hífen, de acordo com as novas regras gramaticais), admito que também há uma certa preguiça para escrever.

Retorno inspirado em absolutamente nada, apenas pelo prazer de escrever. Não que eu escreva bem; portanto, não posso me vangloriar por saber como se faz. Escrevo para lembrar que, por alguns minutos, sou livre. Posso expor minhas ideias, sentir, pensar, viajar e sonhar sem me preocupar com o que as pessoas pensarão, dirão ou julgarão.

Às vezes, me perturba a forma como nossa liberdade é oprimida, seja em casa, no trabalho ou nos momentos de lazer. Constantemente, me deparo com pessoas que se acham donas da verdade. O que mais me revolta é que, muitas vezes, deixamos de viver experiências e trocar informações para fazer valer nossas ideias.

Há algum tempo, me deparei com a seguinte citação de Luis Fernando Veríssimo: "A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final." Isso me fez pensar: como criamos nossa personalidade? O que nos distingue dos demais?

Acredito que só exista uma forma de evoluir como pessoa: errando, sofrendo, se arrependendo, caindo, levantando, chorando, apanhando (figurada ou literalmente), se alegrando, se entristecendo. Resumidamente, vivendo.

Portanto, deixe as pessoas viverem e sentirem. Muitas vezes, devemos andar com nossos próprios pés. Mesmo que já tenhamos tido experiências parecidas, não podemos saber se terão o mesmo fim. Mas, se tiverem, estaremos ali para apoiar. Já passamos por isso e aprendemos com o ato vivido. Não tire das pessoas a única coisa que têm direito nesta vida: o ato de viver.

Abraços,
Turini – O Astronauta Terrestre.