quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Palavras à Minha Morte

Sinto como se uma espada perfurasse fundo o seio de minha alma,
A chaga aberta no centro de um coração que ainda pulsa,
O sofrimento incomparável a qualquer sensação já vivida.
Não é apenas a sensação de partida,
Mas um desespero que me envolve por completo.

Sinto como se a vida estivesse me abandonando,
O ar escapa de minhas entranhas,
O peso de cem mil quilos sobre mim.
Sei, de longe, que esta é a pior cruz que carrego,
Vem avassaladoramente: o frio, o medo, a angústia.

A culpa invade meus pensamentos,
Consciente de que não fui suficiente, não como deveria.
Tento me agarrar ao pouco que me resta,
Segurando-me firme ao que nunca mais será o mesmo,
Consciente do fim, que por minhas próprias mãos passou a existir.

Abraços, Turini - Astronaut Land.

E–mail: eder.turini@libero.it
Twitter: https://twitter.com/astronaut_land